quinta-feira, 30 de outubro de 2008

anos 70

Anos 70 no Brasil
Aqui no Brasil, mesmo com a forte censura, a produção cultural dos anos 70 foi bastante vasta e criativa. Trinta anos depois, muitos conceitos dessa época voltaram. Na moda, predominam as sandálias plataforma, as calças boca-de-sino, as blusas tomara-que-caia e o jeans pintado e bordado. As cores vibrantes nas roupas também estão voltando com tudo. As confortáveis poltronas sacco, mais conhecidas como pufes, novamente estão fazendo parte da decoração das casas. Até as Frenéticas voltaram! Muitas danceterias faturam alto promovendo noites só de disco music e até a música popular brasileira daquele período está sendo bastante requisitada.
Nossa roqueira Rita Lee estourava na carreira solo, já longe dos Mutantes, com o álbum Fruto Proibido (1975). Segundo a crítica, é um marco no pop/rock brasileiro. Desse disco saiu a famosíssima Ovelha Negra, marca registrada de Rita até hoje. No ano seguinte foi a vez de Babilônia. O disco contava com sucessos como Miss Brasil 2000, Jardins da Babilônia e Eu e Meu Gato (tema da novela "O Pulo do Gato"). Rita promoveu o álbum com um show de vanguarda, lembrado carinhosamente por ela até hoje. Foi o primeiro grande espetáculo brasileiro com a evidente preocupação de som, luz, cenário e figurinos, que mais tarde se tornaria uma das características constantes de Rita.
Devido à forte repressão política, essa década de ditadura acabou levando injustamente a denominação de "vazio cultural", apesar de ser um período de inovação no comportamento, nas artes e na imprensa. "As pessoas tiveram que reinventar modos de fazer arte para driblar a censura", explica o professor de Filosofia da USP Celso Favaretto.
Na política, os brasileiros viviam a ditadura e a intensa repressão e, ao mesmo tempo, o chamado Milagre Econômico. O plano, criado pelo então ministro Delfim Neto para impulsionar o consumo, estimulava financiamentos para a compra de carros e da casa própria. "As pessoas tinham a impressão de viver um momento de prosperidade econômica. No entanto, esse período durou apenas até a crise do petróleo (1973). Obras faraônicas nunca foram terminadas", conta Favaretto.
Esse panorama levou muitos artistas ao exílio e ao silêncio, mas, ao mesmo tempo, motivou diversas manifestações culturais alternativas. As novas idéias eram divulgadas por meio de filmes em Super-8, poesias de mimeógrafo distribuídas de mão em mão, revistas e jornais de produção e circulação precárias, músicas e peças de teatro que abusavam das metáforas. Uma das peças de destaque foi Ponto de Partida, que abordava o drama de um homem que aparece enforcado sem explicação, em uma clara alusão ao caso da morte do jornalista Wladimir Herzog, "suicidado" dentro da prisão por seus torturadores em 1975. As peças contestavam aquele momento de repressão por meio do deboche também e traziam para os palcos a liberação sexual, o uso de drogas e o rock’n’roll.
O evento Banquete dos Mendigos virou um marco dessa época. Foram lidos trechos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e músicos se revezavam no palco do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, no ato realizado no dia 10 de dezembro de 1973. "No início, o show era em auto-benefício, porque eu estava sem grana. Depois, o ato acabou tomando dimensões políticas", lembra o cantor e compositor Jards Macalé.
Compositores como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque fortaleceram suas carreiras, e diversos nomes se consolidaram, como João Bosco, Egberto Gismonti, Elis Regina, Hermeto Pascoal, Jorge Ben (depois Benjor) e Tom Zé.

marcus vinicius de moraes

Marcus Vinícius da Cruz de Melo Moraes nasceu no Rio de Janeiro RJ em 19 de Outubro de 1913. Filho de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, funcionário da prefeitura, poeta, violonista amador, e de Lídia Cruz de Moraes, pianista também amadora, nasceu no bairro da Gávea e em 1916 mudou-se com a família para a casa dos avós paternos, em Botafogo, onde estudou na Escola Primaria Afrânio Peixoto e escreveu seus primeiros versos. Em 1922, a família mudou- se para a ilha do Governador, menos ele, que deveria concluir o primário e ficou com os avos. Nas férias e nos fins-de-semana, ia para a casa dos pais, onde toda noite havia musica, com a presença do tio Henrique de Melo Moraes e do compositor Bororó, entre outros.
Em 1924 entrou para o Colégio Santo Inácio, em Botafogo, onde cantava no coro da igreja e montava pecinhas de teatro. Em 1927, cursando o ultimo ano ginasial tornou-se amigo dos irmãos Paulo e Haroldo Tapajós, e, juntos, formaram um conjunto que tocava em festinhas nas casas de amigos. Com Haroldo Tapajós, em 1928 compôs o fox-canção Loura ou morena, que seria gravado, em 1932, pelos dois irmãos. Concluído o curso ginasial, em 1929 a família retornou a Gávea e, nesse mesmo ano, ingressou na Faculdade de Direito do Catête, onde se tornou amigo do romancista Otávio Faria, que descobriu e incentivou sua vocação literária. Em sua fase inicial na musica popular, foi o letrista de dez musicas gravadas entre 1932 e 1933: sete em parceria com Haroldo Tapajós, duas com Paulo Tapajós e uma com o violonista J. Medina, esta gravada por Petra de Barros. As outras musicas foram gravadas pelos Irmãos Tapajós, mas só obtiveram sucesso com Loura ou morena (Columbia). Em 1933 terminou a faculdade e o C.P.O.R., e publicou o primeiro livro – O caminho para a distância – pela Schmidt Editora, edição recolhida pelo autor. Nessa época, era amigo de Manuel Bandeira, Oswald de Andrade e Mário de Andrade. Em 1935, seu livro Forma e exegese recebeu o prêmio Filipe d’Oliveira. No ano seguinte, publicou em separata o poema Ariana, a mulher e, ainda em 1936, empregou-se como censor cinematográfico, representando o Ministério da Educação e Saúde. Dois anos depois, ganhou bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford, e nesse ano publicou os Novos poemas. Com o inicio da Segunda Guerra Mundial, retornou ao Rio de Janeiro.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

toni brandão

Toni Brandão

Toni Brandão é autor multimídia, com projetos para literatura, teatro, televisão, cinema, Internet, cd e Cd-rom. Na literatura, o principal foco de seu trabalho, Toni consegue agregar a seus projetos entretenimento e diversão de boa qualidade atraindo cada vez mais um número maior de fiéis leitores
Toni BrandãoToni Brandão é autor multimídia, com projetos para literatura, teatro, televisão, cinema, Internet, cd e Cd-rom. Na literatura, o principal foco de seu trabalho, Toni consegue agregar a seus projetos entretenimento e diversão de boa qualidade atraindo cada vez mais um número maior de fiéis leitores
Alguns dos títulos de Toni apresentam, também, aventura, como as séries Perdido na Amazônia e Brasil de Arrepiar, Edições SM, da qual os primeiros títulos (OXENTE! e CREINDEUSPAI!) já estão fazendo sucesso junto a garotada
Toni criou, para a Rede Globo de Televisão, o seriado Irmãos em Ação, uma adaptação de seu livro Foi ela que começou, foi ele que começou e As Aventuras de Zeca e Juca, que conta a história de dois garotos que vivem suas aventuras debaixo da água. Foi ainda um dos roteiristas da nova versão do Sítio do Picapau Amarelo, de Monteiro Lobato, Studio Nobel, Símbolo, O autor trabalhou a Folhinha (Suplemento Infantil, da Folha de São Paulo) por 7 anos, como colaborador e articulista. Foi, também, Coordenador de oficinas culturais para Secretarias de Cultura em varias cidades e colégios do Brasil.
Formado em Comunicações pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, Toni Brandão, já lançou em seus 15 anos de trabalho, 20 livros — ultrapassando a casa dos 800 mil exemplares vendidos pelas editoras Jaboticaba, Melhoramentos. Adaptou também para a Globo Filmes a versão cinematográfica do livro de Monteiro Lobato A Chave do Tamanho
Toni Brandão também cria textos de ficção para a internet. Em 2005, escreveu Flor da Amazônia, história em dez capítulos, para o site Brincando na Rede.